quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Pedagogas em Ação : Entrevista com a Psiquiatra Drª Ângela Maria Moura Rezende

Drª  Ângela Maria Moura Rezende é médica psiquiatra, atende em Nova Friburgo e nos concedeu uma entrevista sobre a Síndrome de Burnout.







Pedagogas em Ação: O que é a Síndrome de Bournout?


Drª Ângela:  "Síndrome de Bournout é um distúrbio psíquico, precedido de esgotamento físico e mental intenso. Os principais sintomas são depressão, ansiedade, alterações no humor, pessimismo - e são ligados infinitamente à vida profissional, ou seja, a partir do stress no ambiente de trabalho se desenvolvem sintomas depressivos e de esgotamento, falta de concentração, falhas de memória, isolamento, agressividade."



Pedagogas em Ação: Há uma incidência grande de casos desta síndrome entre professores, pedagogos e gestores?


Drª  Ângela: "Sim. O que observamos é que a cobrança excessiva por parte dos alunos e dos gestores tem gerado muito esgotamento e stress, além da grande dificuldade nas condições de trabalho, horário excessivo, número de alunos exagerado por turma, educandos indisciplinados e a falta de estrutura das escolas. Professores e pedagogos mais que gestores estão expostos as cobranças e exigências por parte das famílias e dos alunos."


Pedagogas em Ação: Quando procurar ajuda e tratamento psiquiátrico e psicoterápico?


Drª Ângela: "Sempre que os sintomas começam a atrapalhar o desempenho profissional. Ou seja,  a insônia, a irritabilidade, a falta de vontade, o choro fácil, o medo de enfrentar o trabalho, a falta de apetite e a tristeza permanente e duradoura são graves sintomas de depressão instalada.
O tratamento psiquiátrico será o uso de medicamentos específicos para os sintomas. A psicoterapia ajudará a superar as dificuldades emocionais."


Pedagogas em Ação: Deixe uma mensagem, para nós, graduandos do Curso de Pedagogia.


Drª  Ângela: "Para vocês graduandos em Pedagogia, lembrem-se de que seu trabalho exige envolvimento interpessoal direto e intenso para que as atividades sejam realizadas. Não caiam no quadro de que são imortais. Poderão ter multitarefas, mas jamais poderão "dar o sangue".
Protejam-se para que  desenvolvam seu trabalho com amor e competência, sem adoecerem. Não se exijam além do possível. Resiliência é importante, mas não esqueçam que a vida existe além do trabalho."


Pedagogas em Ação: Carina Moreira/ matrícula: 14112080105; Eliene Costa Olival/matrícula: 14112080104 e Sandra Helena Ferreira/matrícula: 14112080115


7 comentários:

  1. Maravilhosas as perguntas e verdadeiras pérolas as explicações da Dra. Angela

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  2. Realmente, Eliene! A Dra. Ângela enfatiza a importância da relação interpessoal. No plano de ação criado, por nós, destacamos este fator, bem como a relevância do trabalho em equipe, a fim de prevenir a Síndrome de Bournout.
    Um abraço,
    Comentário postado por: Carina Moreira matr: 14112080105

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    1. Carina, muito interessante a Dra. Ângela dizer que "não somos imortais", muitas vezes nos esquecemos disso por causa do trabalho e adoecemos. A síndrome de Bournot pode atingir a todos nós, o que é uma triste realidade.
      Sandra Helena Ferreia - mat 14112080115

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    2. Sim, Sandra! "Devemos nos proteger" mesmo, construindo um trabalho de qualidade e com comprometimento, sem ultrapassar nossos limites. Aproveito para deixar registrado, o quanto está sendo significativa esta nossa interação e a apreciação dos trabalhos criados pelos outros grupos.
      Um abraço!
      Comentário postado por: Carina Moreira/matr:14112080105

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    3. Verdade Carina,
      estamos em plena interação, contribuindo em prol do trabalho coletivo.
      Eliene Costa Olival
      Mat.: 14112080104

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  3. Boa noite!
    Maravilhosa entrevista, com essa profissional de uma competência e inteligencia sem igual.
    É muito importante a relação interpessoal, que parece ser uma tarefa fácil, tem-se tornado um desafio cada vez maior para os profissionais. A concorrência, as comunicações virtuais e as mudanças de comportamentos criaram obstáculos para a chamada relação interpessoal. O ambiente de trabalho os conflitos são constantes, por que , muitas vezes o empregador pensa diferente do parceiro de negocio, daí não escuta o parceiro e então começa os conflitos por que não houve o famoso feedback, porém para se um relacionamento agradável dentro deste grupo precisa haver considerações através da compreensão de que o outro também é importante para empresa. Afinal de contas todos queremos ser felizes e ter sucesso seja na vida pessoal ou profissional e com certeza a maneira com que nos relacionamos com as pessoas será o diferencial para a nossa caminhada nesta relação interpessoal.

    Comentário: postado por: ANA CRISTINA DOS SANTOS
    MATR.: 141.120.801.07

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  4. Bom dia, Ana! Obrigada pela contribuição!Esta entrevista enriqueceu ainda mais nossos conhecimentos e tivemos uma maravilhosa oportunidade de entrevistá-la.
    Observamos o quanto em Nova Friburgo há incidência desta Síndrome, não muito diferente em outros lugares.
    Gostei muito também do recado da Dra. Ângela deixado para nós!
    Um abraço,
    Comentário postado por: Carina Moreira/ matr: 14112080105

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