Síndrome de burnout afeta quem lida diretamente com público
Uma doença moderna é cada vez mais comum no Brasil e no mundo. É a síndrome de burnout, que, em tradução livre, quer dizer esgotamento profissional depois de muito estresse no trabalho, especialmente de quem lida diretamente com o público.
Na
sala de aula, professores à beira de um ataque de nervos. Na
emergência superlotada, pacientes insatisfeitos e enfermeiros com
medo de agressões.
Quando
o trabalho de quem lida com o público vira sofrimento, motivo de
desânimo e estresse, o profissional adoece. É cada vez maior o
número de pessoas que sofrem da síndrome de burnout, uma doença do
trabalho que já se tornou um problema de saúde pública.
“As
categorias mais atingidas são os professores, médicos e
enfermeiros. Dentro da área de saúde, citam-se ainda dentistas e,
em outras áreas, encontramos relatos em relação a policiais e
jornalistas”, diz o pesquisador Waldemir Borba.
A
síndrome de burnout está associada a alguns fatores: condições de
trabalho, altos índices de violência, acúmulo de empregos e
pressão do público.
A
doença, na maioria das vezes, não é identificada pelo
profissional. Ele não consegue enxergar no trabalho a origem do
esgotamento físico e mental e, muito menos, reconhece que está
doente e que precisa de ajuda.
“A
partir do momento que a gente identifica que não é um estresse
comum, que é algo a mais, a gente começa a parar pra pensar um
pouquinho na gente”, diz Cleoneide Gerônimo, professora.
Dezesseis
anos de profissão, três empregos ao mesmo tempo. Uma enfermeira
adoeceu e faz tratamento psicológico pra se livrar dos sintomas.
“Emocionalmente, tristeza profunda e angústia, e, fisicamente,
dores, no corpo todo”, diz a profissional, que não quis se
identificar.
Jaqueline
Brito, pesquisadora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB),
entrevistou 265 professores e descobriu que 55% deles estavam com
alto nível de exaustão emocional por causa do trabalho. “Trabalhar
com gente adoece, e não é pouco. E não é o adoecer físico. É o
adoecer mental”, diz Jaqueline.
Fonte:
http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2010/09/sindrome-de-burnout-afeta-quem-lida-diretamente-com-publico.html
Acessado em: 01/10/2016, às 14:53h
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